O texto Narrativo


·     Narração

Caracteriza-se pela representação de fatos reais ou fictícios, envolvendo personagens e fatos que ocorrem num determinado tempo e espaço.
A narração de fatos reais é muito comum em livros científicos, jornais, livros de História e outros.
Por sua vez, a narração de fatos fictícios não tem compromisso com a realidade e permite inventar e criar fatos de acordo com a imaginação de quem relata. Todo texto narrativo existe na medida em que há uma ação praticada por personagens e conta com dois elementos principais tempo e lugar.
O narrador pode estar ou não embutido dentro dos acontecimentos e so­frer ações e intromissões de outros personagens de acordo com o contexto em que se passa a historia. Os verbos neste tipo de texto são usados em pri­melra pessoa para personagens e em terceira pessoa quando um observador esta contando algum fato.

Ø Características:
Situa seres e objetos no tempo (história).

Ø Estrutura:
·       Introdução: Apresenta as personagens, localizando-as no tempo e no espaço.

·       Desenvolvimento: Através das ações das personagens, constrói-se a trama e o suspense que culmina no clímax.

·       Conclusão: Existem várias maneiras de se concluir uma narração. Esclarecer a trama é apenas uma delas.

Ø Recursos:
Verbos de ação, discursos direto, indireto e indireto livre.

Ø O que se pede:
Imaginação para compor urna história cativante que entretenha o leitor, provocando expectativa. Pode ser romântica, dramática ou humorística.
A narrativa deve tentar elucidar os aconteCimt0s, respondendo às seguintes perguntas essenciais:

1.  O QUÊ? - o(s) fato(s) que determina(n) a história;
QUEM? - a personagem ou personagens;

2.  COMO? - o enredo, o modo como se tecem os fatos;
3.  ONDE? - o lugar ou lugares da ocorrência;
4.  QUANDO? - o momento ou momentos em que se passam os fatos;
5.  POR QUÊ? - a causa do acontecimento.

Segue um exemplo:

Titulo:      Uma lição de vida
Lembro-me de uma manhã em que descobri um casulo na casca de uma árvore, no momento em que a borboleta rompia o invólucro e se preparava para sair. Esperei algum tempo, mas estava demorando muito e eu tinha pressa.
Irritado e impaciente, curvei-me e comecei a esquentá-lo com o meu hálito. E o milagre começou a acontecer diante de mim num ritmo mais rápido que o natural. O invólucro se abriu e a borboleta saiu, arrastando-se. Nunca hei de esquecer o horror que senti: suas asas ainda não estavam abertas e todo o seu corpinho tremia, no esforço para desdobrá-las.
Curvado por cima dela, eu a ajudava com o meu hálito. Em vão. Era necessária urna paciente manutenção e o desenrolar das asas devia ser feito lentamente ao sol. Agora era tarde demais. Meu sopro obrigava a borboleta a se mostrar, antes do tempo, toda amarrotada. Ela se agitou desesperada e, alguns segundos depois, morreu na palma de minha mão.
Acho que aquele pequeno cadáver é o peso maior que tenho na consciência. Hoje, entendo bem isso: é um pecado mortal forçar as grandes leis.
Não devemos nos apressar, nem ficar impacientes, mas seguir confiantes o ritmo eterno.