Proposta 1
O Poder da Gentileza
Nestes tempos de muita preocupação consigo mesmo, e de pouco tempo para o outro, de tempos "sem-tempo", quero chamar a atenção para uma virtude que anda meio esquecida: a gentileza.
Gentileza que não quer dizer fraqueza, nem é virtude só para mulheres.
Gentileza que significa cortesia, amabilidade, fidalguia, bom tratamento.
Tem um poder muito grande e tem relação direta com a inteligência bem como denota elevação moral.
Muitos se desculpam dizendo "não tenho tempo para estas coisas". Porém, sempre é tempo para uma palavra de amizade, para um telefonema cordial, para um sorriso de afeto, dirigido mesmo àqueles que parecem endurecidos e impermeáveis às boas maneiras.
A gentileza depende do hábito. Comece hoje a cultivá-la. Há muitas maneiras de adquirir esse hábito mas precisa ter disciplina e força de vontade.
Pode-se ser gentil com os superiores, mas é muito mais difícil ser gentil com os subalternos ou com os familiares e amigos próximos, justamente aqueles com quem acabamos desdenhando as regras da conduta sadia.
Pode-se ser gentil no trânsito, com os transeuntes, em casa, no trabalho, em todos os lugares.
Cada vez é mais raro ver-se, por exemplo, uma pessoa que dê lugar a outra, dentro de um ônibus lotado. Ou numa fila. Não falo aqui de obedecer a sua vez na fila, mas de dar a vez para outra pessoa que pareça mais aflita ou necessitada. Pelo contrário: quando podem, as pessoas `furam' a fila, quase sempre invocando um título ou uma posição social que os outros não têm.
Cada vez é mais raro ver as pessoas ajudando outras a carregar sacolas, a levantar objetos caídos, a ajudar um idoso a atravessar a rua, ou a empurrar um carro que não pega.
As pessoas alegam que não têm tempo, mas na verdade o tempo é a gente que fabrica. Quantos passam horas à frente dos tele-jornais e das novelas e alegam não ter tempo para agradecer uma carta, um e-mail, um convite ou um favor recebido.
Quando esses pequenos gestos de fraternidade e reconhecimento vão sendo esquecidos, a pessoa vai ficando fria e áspera, acreditando que todos devem ser gentis para com ela, mas esquecendo que esse dever é recíproco e que devemos ser aquele que dá o primeiro passo.
Ainda que você não acredite em tudo o que pode a gentileza, ainda que ache que tudo isso é exagero, se você for gentil, estará se presenteando a si mesmo, porque tornará sua vida bem mais prazerosa. E viver de bem com a gente mesmo já é um grande passo para viver de bem com toda a Humanidade.
Leia atentamente o texto e produza uma dissertação em que fique evidenciado seu ponto de vista com relação à proposição: Dê um título à sua produção.
Assista ao vídeo e reflita sobre o tema.
Proposta 2
Leia este trecho:
E se ... o voto não fosse obrigatório?
A tentação é grande... Seus amigos querem saber o que você vai fazer no feriado, as agências de viagem anunciam pacotes para a data. E você pensa que, em pleno calor de 15 de novembro ou de 3 de outubro, um dia livre é mesmo um convite ao lazer. Afinal, com o fim do voto obrigatório, essas datas virariam simples feriados. Mas não é que, justo agora que acabou a obrigatoriedade de votar, a eleição parece mais interessante? Os temas da campanha são bem mais palpáveis, os problemas discutidos pelos candidatos se assemelham aos seus e tem até gente acenando com uma solução! “Será que eles, finalmente, descobriram que eu existo?”, você pensa. Chega o dia da eleição. E, de repente, você está com o título de eleitor na mão, votando! Utopia? Coisa de país desenvolvido?
VOMERO, M. F. Superinteressante. São Paulo, n. 175, abr. 2002. p. 39. (Texto adaptado)
Em resposta à pergunta proposta no título, REDIJA uma continuação para esse artigo, apresentando suas próprias considerações sobre as vantagens e desvantagens da não-obrigatoriedade do voto.
Assista ao vídeo e reflita sobre o tema.
Proposta 3
Gente fina por um dia
Com a moda do aluguel de luxo, ficou fácil encarnar Cinderela. Dá para desfilar com bolsa Chanel, rodar de Ferrari, ostentar jóias e impressionar convidados exibindo obras de arte em casa. Nada é seu mesmo de verdade, mas, e daí? Vale o passeio, ainda que rápido, pelo clube dos endinheirados.
Alugar é “in”, já que consumir, hoje, é pagar por sensações. E se não for, ninguém precisa saber: há endereços discretos, em andares altos de prédios corporativos. A cliente entra de fininho e sai de lá fina.
O decorador Nando Marmo, por exemplo, cria cenários com móveis de estilo e obras de arte que consegue em acervos pessoais. Exemplo de cliente? O executivo que fez “marketing de relacionamento” para fechar um contrato. “Coloquei santos barrocos, lustres Baccarat e uma tela de Di Cavalcanti na sala dele”. Não se sabe se o contrato vingou, mas “ficou um luxo”.
“Acho inteligente e até um comportamento sustentável alugar em vez de comprar algo que você não vai usar com freqüência. Demonstra o bom gosto de quem aspira a chegar lá e já tem o comportamento compatível com quem realmente chegou no topo”, opina o professor Sílvio Passareli, diretor do programa de Gestão do Luxo da Faap, em São Paulo.
Já Paula Mansur, uma das diretoras da Luxury Marketing Council, organização internacional que reúne mais de 800 empresas do setor, não gostou muito da idéia e acha que não vai deslanchar aqui: “Brasileiro não gosta de compartilhar produtos, é cultural. Além do que, é cafona. Ou você pode comprar ou não pode. Uma bolsa de grife deve ser comprada porque tem qualidade melhor, é bem feita por dentro, tem um design bacana. O objetivo deveria ser a praticidade, não a ostentação”.
(Folha de São Paulo - trechos)
Após ler essa matéria no jornal, você reagiu de forma positiva ou negativa ao seu conteúdo? Escreva uma carta a seu melhor amigo, registrando nela sua avaliação desse comércio que prospera sobre o hábito de ostentar. Use o vocativo “Meu amigo”, e não assine a carta.
Proposta 4TRÁFICO DE ANIMAIS
Um dos mais lucrativos comércios ilegais do mundo é o tráfico de
animais, que movimenta aproximadamente 20 bilhões de dólares por ano, sendo a
terceira atividade clandestina que mais gera dinheiro, ficando atrás do tráfico
de drogas e armas.
O tráfico de animais é configurado pela retirada de animais de
seus habitats naturais e destinados à comercialização. Os destinos desses
animais são zoológicos, colecionadores, laboratórios para fabricação de
medicamentos, ou mortos, como a onça-pintada e jacarés, para terem suas peles
ou outras partes do corpo retiradas e vendidas.
Em razão da imensa biodiversidade brasileira, o país é um dos
principais alvos do tráfico de animais, contribui com 0% dos bilhões de
dólares arrecadados com a atividade. Além da grande variedade de espécies
(peixes, aves, insetos, mamíferos, répteis, anfíbios, entre outros), outro
fator que contribui para essa prática no país é a falta de fiscalização e de
punições severas. Traficantes são presos em flagrante várias vezes com diversos
animais, no entanto, pagam fiança e respondem processo em liberdade.
Conforme a ONG (Organização Não Governamental) Rede Nacional de
Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, no Brasil, cerca de 38 milhões de
animais são retirados de seus habitats naturais anualmente, sendo
aproximadamente 12 milhões de espécimes distintas.
Conforme dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), aproximadamente 90% dos animais
silvestres morrem logo depois de retirados de seu habitat natural. Os animais
que apresentam comportamento amigável são os preferidos no momento da compra.
Micos, papagaios, araras e peixes ornamentais são os mais vendidos. Os valores
variam, quanto mais raro for o animal maior o seu preço de venda no mercado.
De acordo com agentes fiscalizadores, os animais no Brasil são
retirados principalmente dos Estados da Bahia, Piauí, Pernambuco, Maranhão,
Paraíba e Ceará. Os principais centros consumidores são os Estados de São Paulo
e Rio de Janeiro. Aproximadamente 90% dos animais capturados no Brasil são
comercializados no próprio território nacional.
Os
animais, depois de capturados, são submetidos a várias práticas agressivas
durante o transporte para os centros consumidores, o papagaio é sedado e
escondido em tubos de PVC no fundo de uma mala, as cobras são presas em meias
de nylon, vários animais são covardemente dopados.
O
tráfico de animais contribui bastante para o desequilíbrio ecológico, havendo
uma mudança drástica na cadeia alimentar, além de reduzir de forma considerável
a biodiversidade de um determinado ambiente. Mas o que é pior, muitos animais
não sobrevivem durante o transporte, outros não se adaptam à “prisão” que o
homem lhes impõe, causando a morte da maioria desses animais.
Mas
os problemas dessa prática atingem também os seres humanos, pois
micro-organismos presentes nos animais silvestres podem causar o surgimento de
doenças e sua disseminação entre a população.
Portanto,
o tráfico de animais é um ato ganancioso, com consequências drásticas para os
animais silvestres e os animais ditos “racionais” que participam desse crime à
vida.
Por Wagner de Cerqueira e Francisco
Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Leia atentamente o texto e produza uma dissertação em que fique evidenciado seu ponto de vista com relação assunto abordado: Dê um título à sua produção.
Assista aos vídeos e reflita sobre o tema.
PARTE 1
PARTE 2
PARTE 3
Proposta 5
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Você já
parou para pensar no que significa a palavra "progresso"? Pois então
pense: estradas, indústrias, usinas, cidades, máquinas e muitas outras coisas
que ainda estão por vir e que não conseguimos nem ao menos imaginar. Algumas
partes desse processo todo são muito boas, pois melhoram a qualidade de vida
dos seres humanos de uma forma ou de outra, como no transporte, comunicação,
saúde, etc. Mas agora pense só: será que tudo isso de bom não tem nenhum preço?
Será que para ter toda essa facilidade de vida nós, humanos, não pagamos nada?
Você já
ouviu alguém dizer que para tudo na vida existe um preço? Pois é, nesse caso
não é diferente. O progresso, da forma como vem sendo feito, tem acabado com o
ambiente ou, em outras palavras, destruído o planeta Terra e a Natureza. Um
estudioso do assunto disse uma vez que é mais difícil o mundo acabar devido a
uma guerra nuclear ou a uma invasão extraterrestre (ou uma outra catástrofe
qualquer) do que acabar pela destruição que nós, humanos, estamos provocando em
nosso planeta. Você acha que isso tudo é um exagero? Então vamos trocar algumas
idéias.
E o
Desenvolvimento Sustentável?
O atual
modelo de crescimento econômico gerou enormes desequilíbrios; se, por um lado,
nunca houve tanta riqueza e fartura no mundo, por outro lado, a miséria, a degradação
ambiental e a poluição aumentam dia-a-dia. Diante desta constatação, surge a
idéia do Desenvolvimento Sustentável (DS), buscando conciliar o desenvolvimento
econômico com a preservação ambiental e, ainda, ao fim da pobreza no mundo.
As pessoas
que trabalharam na Agenda
21 escreveram a seguinte frase: "A humanidade de hoje tem a
habilidade de desenvolver-se de uma forma sustentável, entretanto é preciso
garantir as necessidades do presente sem comprometer as habilidades das futuras
gerações em encontrar suas próprias necessidades". Ficou confuso com tudo
isso? Então calma, vamos por partes. Essa frase toda pode ser resumida em
poucas e simples palavras: desenvolver em harmonia com as limitações ecológicas
do planeta, ou seja, sem destruir o ambiente, para que as gerações futuras
tenham a chance de existir e viver bem, de acordo com as suas necessidades
(melhoria da qualidade de vida e das condições de sobrevivência). Será que dá
para fazer isso? Será que é possível conciliar tanto progresso e tecnologia com
um ambiente saudável?
Acredita-se
que isso tudo seja possível, e é exatamente o que propõem os estudiosos em
Desenvolvimento Sustentável (DS), que pode ser definido como: "equilíbrio
entre tecnologia e ambiente, relevando-se os diversos grupos sociais de uma
nação e também dos diferentes países na busca da equidade e justiça
social".
Para
alcançarmos o DS, a proteção do ambiente tem que ser entendida como parte
integrante do processo de desenvolvimento e não pode ser considerada
isoladamente; é aqui que entra uma questão sobre a qual talvez você nunca tenha
pensado: qual a diferença entre crescimento e desenvolvimento?
A diferença é que o crescimento não conduz automaticamente à
igualdade nem à justiça sociais, pois não leva em consideração nenhum outro
aspecto da qualidade de vida a não ser o acúmulo de riquezas, que se faz nas
mãos apenas de alguns indivíduos da população. O desenvolvimento,
por sua vez, preocupa-se com a geração de riquezas sim, mas tem o objetivo de
distribuí-las, de melhorar a qualidade de vida de toda a população, levando em
consideração, portanto, a qualidade ambiental do planeta.
O DS tem
seis aspectos prioritários que devem ser entendidos como metas:
A
satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde,
lazer, etc);
‚ A
solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente de modo que
elas tenham chance de viver);
ƒ A
participação da população envolvida (todos devem se conscientizar da
necessidade de conservar o ambiente e fazer cada um a parte que lhe cabe para
tal);
„ A
preservação dos recursos naturais (água, oxigênio, etc);
… A
elaboração de um sistema social garantindo emprego, segurança social e respeito
a outras culturas (erradicação da miséria, do preconceito e do massacre de
populações oprimidas, como por exemplo os índios);
† A
efetivação dos programas educativos.
Na tentativa
de chegar ao DS, sabemos que a Educação Ambiental é parte vital e
indispensável, pois é a maneira mais direta e funcional de se atingir pelo
menos uma de suas metas: a participação da população.
Texto:
Marina Ceccato Mendes
Assista aos vídeos e reflita sobre o tema.